DA REDAÇÃO — No dia 5 de fevereiro de 2025, um crime abalou a pacata cidade de Aguiar, no sertão paraibano. O professor Daniel José de Souza Júnior, de 38 anos, foi brutalmente assassinado com seis disparos de arma de fogo em pleno centro da cidade. O crime, que chocou a população, segue cercado de tensão e desdobramentos políticos.
Desde então, as investigações conduzidas pela Polícia Civil avançaram e resultaram na identificação de três suspeitos. Um deles foi preso, enquanto dois continuam foragidos. Entre os foragidos está o vereador do município, Francisco Alves Leite, conhecido popularmente como Choco Casemiro (PSB). Também estão com mandado de prisão expedido Nathan Dantas de Sousa e um homem identificado apenas como Fábio, filho de Tico Gato. As ordens de prisão foram expedidas pela 2ª Vara Mista de Patos.
Mesmo com a ordem judicial em vigor, o vereador Choco Casemiro permanece foragido há mais de dois meses e não comparece às sessões da Câmara Municipal de Aguiar. Apesar da situação ser de amplo conhecimento público, a mesa diretora da Casa Legislativa não tomou nenhuma providência formal para cassar o mandato, empossar o suplente ou ao menos abrir processo ético-disciplinar contra o parlamentar.
Segundo relatos de moradores e fontes ligadas ao legislativo local, Choco Casemiro continua recebendo normalmente seus salários, o que tem gerado revolta na comunidade e acusações de conivência por parte da Câmara. Há quem diga que, devido à sua forte influência política na região, o vereador consegue intimidar lideranças e evitar medidas mais rigorosas.
A falta de providências tem alimentado o sentimento de impunidade e desacreditação nas instituições públicas da cidade. Diversas entidades civis e moradores cobram uma postura mais firme da Câmara Municipal diante da gravidade do caso.
A reportagem deixa aberto o espaço para manifestação da Câmara Municipal de Aguiar sobre as acusações e questionamentos feitos pela sociedade.
PBAlerta