INSS investiga descontos não autorizados em aposentadorias e pensões: 4,1 milhões podem ter sido prejudicados

 

Foto: Agência Brasil

DA REDAÇÃO — Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) indicam que ao menos 4,1 milhões de aposentados e pensionistas podem ter sido vítimas de descontos indevidos em seus benefícios. Os valores teriam sido cobrados por meio de contratos associativos ativos com onze entidades atualmente sob investigação por supostas fraudes.

O levantamento preliminar ainda não determina o total exato de atingidos, o que depende da conclusão das apurações. No entanto, os indícios são graves: segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), 97,6% dos beneficiários ouvidos afirmaram que jamais autorizaram os descontos aplicados diretamente em seus contracheques.

Diante do escândalo, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, se reúne nesta sexta-feira (2) com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para iniciar a definição de um plano de ressarcimento às vítimas. A reunião está prevista para ocorrer à tarde, na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília.

Além dos representantes da AGU e do INSS, também devem participar da reunião servidores da Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados da Previdência Social, peça-chave para rastrear a origem e o alcance das fraudes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou Waller Júnior a promover uma ampla reestruturação no INSS, com autonomia para adotar todas as medidas necessárias para responsabilizar os envolvidos e evitar novos prejuízos aos segurados.

PBAlerta

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