Ele passava a mão em mim”: cuidadora de 21 anos denuncia assédio dentro de escola pública na zona rural de São Francisco (PB)



DA REDAÇÃO — Uma cuidadora de 21 anos contratada pela Prefeitura de São Francisco, no Sertão da Paraíba, denunciou nesta quinta-feira (6) um servidor público por assédio sexual. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Sousa, conforme o boletim de ocorrência nº 01828.01.2025.3.19.402, ao qual a reportagem teve acesso.

Segundo o relato da vítima, uma jovem de 21 anos que pediu para preservar sua identidade, os abusos teriam sido cometidos por Luiz Lopes Monteiro, servidor público lotado na Escola João Lopes da Silva, no Distrito de Ramada, zona rural do município, onde ela atua há cerca de quatro meses como cuidadora de uma criança com necessidades especiais.

De acordo com o boletim, a vítima afirmou que Luiz Lopes, desde que ela começou a trabalhar na unidade, mantinha uma postura inadequada, proferindo frases de duplo sentido e tentando se aproximar de forma indevida. No dia 6 de junho de 2025, após a criança sob seus cuidados faltar à aula, a cuidadora permaneceu na escola auxiliando nas atividades da cozinha, quando os abusos teriam se intensificado.

Segundo o documento, Luiz Lopes teria passado a mão nas costas da cuidadora, encostado-se propositalmente nela, apalpado seu seio e ainda tocado suas nádegas em diferentes momentos ao longo da manhã. “Ele me chamou de ‘sem saída’, e eu fiquei paralisada com medo. Disse que era brincadeira, mas percebi sua intenção”, relatou a vítima à polícia.

A jovem contou ainda que uma colega, presenciou parte da conduta de Luiz Lopes, embora não tenha confirmado verbalmente o ocorrido. Após o episódio, por volta das 10h30, Livia deixou a escola e narrou o caso à chefe da merenda, que, por sua vez, comunicou o fato ao secretário de Educação do município.

Ainda segundo a denunciante, após tomar ciência da denúncia, Luiz Lopes não voltou a procurá-la. A vítima afirmou à polícia que teme continuar trabalhando na escola sem que medidas sejam tomadas.

O caso foi registrado como assédio sexual, com base no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro. A Polícia Civil informou que a denúncia está sendo apurada e que a vítima foi orientada quanto aos seus direitos e medidas de proteção.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Francisco ainda não se manifestou sobre o caso.

PBAlerta – Com Repórter Caveira 
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