Rombo: Em apenas quatro meses, Prefeitura de Santa Helena acumula dívida milionária com IPAM e ameaça futuro dos servidores

Foto: Capa/PBAlerta 



DA REDAÇÃO — Santa Helena enfrenta uma grave crise previdenciária. Em apenas quatro meses, a Prefeitura Municipal deixou de repassar ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPAM) o montante de R$ 662.113,94, aprofundando ainda mais o desequilíbrio financeiro do sistema que deveria garantir a aposentadoria e os benefícios dos servidores públicos.

Os dados, extraídos do sistema SAGRES, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, mostram que, entre janeiro e abril de 2025, a gestão municipal empenhou R$ 984.654,67 em contribuições patronais e previdenciárias. Porém, apenas uma fração desse valor foi efetivamente transferida ao IPAM, escancarando um rombo inexplicável e alarmante.

Esse comportamento de inadimplência, segundo especialistas, não é um episódio isolado. Ao final de 2024, a dívida com o IPAM já se aproximava da casa de R$ 1 milhão. Agora, a continuidade da falta de repasses expõe uma preocupante reincidência administrativa, agravando o risco de colapso no sistema previdenciário local.

Para os servidores públicos municipais, a situação é mais que preocupante: é uma ameaça direta ao direito conquistado de uma aposentadoria digna e segura. A retenção dos repasses que deveriam ser destinados ao IPAM não configura apenas uma falha de gestão financeira, mas sim uma afronta ética e institucional contra centenas de trabalhadores e suas famílias.

Diante do cenário, surgem questionamentos inevitáveis: estarão os servidores municipais de Santa Helena fadados a não se aposentarem? Qual será o futuro daqueles que dedicam anos de trabalho ao serviço público e agora veem seu direito ameaçado por decisões políticas e administrativas?

A urgência de respostas não pode mais ser ignorada. Cabe aos sindicatos, aos órgãos de controle externo e, principalmente, à sociedade civil, fiscalizar, cobrar transparência e exigir responsabilidade da administração municipal. A previdência social dos servidores não pode ser tratada como uma questão secundária ou de conveniência política.

Enquanto isso, cresce entre os trabalhadores e suas famílias uma sensação de insegurança, frustração e abandono. O que está em risco não é apenas o equilíbrio de uma folha de pagamentos, mas a dignidade de quem constrói diariamente os serviços públicos de Santa Helena.

O espaço está aberto para que a gestão municipal de Santa Helena se manifeste sobre os fatos apontados.


PBAlerta
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