O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na noite desta quinta-feira (07), em entrevista à imprensa nacional, que respeita, mas não concorda com “alguns movimentos” do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e sinalizou que pode decretar a perda do mandato do parlamentar.
Segundo Motta, Eduardo optou por permanecer nos Estados Unidos defendendo “teses que lhe são caras”, mas que não há previsão regimental para o exercício do mandato à distância. “É importante dizer que iremos tratar todo deputado com base no regimento. Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância no nosso regimento”, declarou, em entrevista à Coluna Igor Gadelha, do Portal Metrópoles.
O presidente da Câmara destacou que o próprio Eduardo sabia das consequências de sua decisão. “O parlamentar, quando decidiu ir aos Estados Unidos, ele tinha um objetivo, sabia também daquilo que não seria possível manter, quando optou ficar à distância do seu mandato, do Estado que representa”, afirmou.
Por sua vez, Eduardo Bolsonaro reagiu repetindo ameaças que já havia feito na semana passada. Ele sugeriu que Motta poderia ser punido pelo governo americano caso não “cumpra o seu papel enquanto representante da sociedade”. Eduardo citou como exemplo o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que, segundo ele, perdeu o visto para entrar nos Estados Unidos por não ter analisado pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Se continuar nessa toada de Alexandre de Moraes abusando do poder e nada sendo feito, pode sim, possivelmente, nas cenas dos próximos capítulos, isso daí ocorrer”, disse o deputado.

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